Interiorana

Eu amava igual um inocente,

Insistentemente achava que não merecia,

Viver essa coisa que todos chamam de alegria;

Ansiava apalpar o desconhecido

E no furor de te encontrar

Envolvia meus sonhos

Em tristes despedidas

Que me faziam desacreditar;

Em noites escuras

Tinha calafrios, me tremia o corpo,

Crente que estava com epilepsia

Mais tudo o que eu sentia,

Na verdade nunca acontecia;

Via numa fresta uma sombra

Que não reconhecia,

A silhueta se deitava e logo adormecia

Mais quando o solto luar se estendia

Nem o céu e nem o mar se viam,

Igual um louco que não sabe

Que sua realidade na verdade nunca existiria.