TARDES EM ENFIM

TARDES

Tardes sem ceus,

gemidos na tamboril.

Vou caminhando como

a rivalidade do cão

que urina nos postes,

como o carro que

como raio procura sua vitima,

como a filha vizinha

de sua mãe que a ignora,

como o bueiro que vomita

seus ratos e baratas,

como o amor que busca

um beijo inultil,

como Pedro depois da traição,

para cada verso meu

uma fantasia uma paixão.

RUAS

Ruas por onde andas,

estas a procura

de seus sonhos?

Tambores de escravos

estremecem em tua alma,

de geração em geração.