Tragada de um cigarro

Cada cigarro que acendo é uma fingida lágrima

Cada tragada é uma oculta lembrança de tudo.

Percebo que foi perdido em falácia lástima

No ato distúrbio externo absurdo.

Não vejo motivo para tanto sofrimento ardil

A não ser a façanha do seu ego prazer

Que tanto socapa eclodiu

No meu íntimo fiel profundo viver.

Eva permitiu, e o brilho veraz submergiu.

Libido do sabor transformado em metal sonante

Assim se vê na cidade seu desequilíbrio!

A cobra Jy... bóia, jorrou ...lama deliberadamente.

Acendo mais um cigarro, é fraqueza? Acho que não.

Não sinto sofrimento, mas o que é? É o nada...

Mais um trago, não é pretérito! É reflexão.

Explique-se? Vazio... Sem escopo. Razão fragilizada.

Luo Gomes
Enviado por Luo Gomes em 03/05/2012
Código do texto: T3646942
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