Insano

Cérebro despela, dói. Enquanto veias têm fome

Descascam a carapaça do paranoico

Pulsa! Pulsa! Pedaço de carne vai! Some...

“É preferível não nascer, não ser,” heroico.

Cabeça podre piolho de cobra distorce

Nas cascas que caem as moscas chupam

Levita seu catarro embuá, isso! Dá-lhe tosse

Pestilentas feridas, desde que sou me deturpam.

O couro ofega às noites, fede nos dias

Epidermes com bolhas de pus se foram

Excretam imundos seus bocejos e melodias

Brotam sêmens dos vermes no tutano

“Deslevita” homem dessas invenções!

Nada existe para curá-lo do insano.

Luo Gomes
Enviado por Luo Gomes em 30/04/2012
Código do texto: T3641126
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