Insano
Cérebro despela, dói. Enquanto veias têm fome
Descascam a carapaça do paranoico
Pulsa! Pulsa! Pedaço de carne vai! Some...
“É preferível não nascer, não ser,” heroico.
Cabeça podre piolho de cobra distorce
Nas cascas que caem as moscas chupam
Levita seu catarro embuá, isso! Dá-lhe tosse
Pestilentas feridas, desde que sou me deturpam.
O couro ofega às noites, fede nos dias
Epidermes com bolhas de pus se foram
Excretam imundos seus bocejos e melodias
Brotam sêmens dos vermes no tutano
“Deslevita” homem dessas invenções!
Nada existe para curá-lo do insano.