Meu coração retardado.
Tenho meu sono pesado,
mas permaneço acordado,
quando se aviva a lembrança.
Meu coração retardado,
que só entende em bocados a verdade que espanta;
convenceu-me do perigo,
fantasiar-me de inimigo,
com meu próprio sangue sujei minhas mãos.
Esse silêncio fajuto,
do qual eu me culpo: sou eu mesmo meu próprio ladrão.
Até que o vermelho se estanque,
na turva imagem de eu em você,
seja tu mesmo a visão do monstro,
teu crime inocente, não vou esquecer.