FILHA DE TUPÃ

Potyra, menina sagrada,

mulher a desabrochar.

Vive na mata fechada,

Tupã a lhe vigiar.

Seu sorriso inocente,

sem pecado no olhar,

sente medo de gente,

parece advinhar.

De madrugada, ao luar,

sonha com seu guerreiro.

Menino que vai chegar

pra ser seu companheiro.

Nada sabe de amor,

seu desejo inexiste.

Seu corpo não tem calor,

seu futuro é tão triste.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 24/04/2012
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