Tormento de Amar

Você vai e a solidão me pega pela mão.

Deixo, então, que a dor me dilacere...

E aos poucos essa angústia me devore.

Se de repente foge-me aos pés este chão.

E um abismo se faz... Eu mergulho.

Deixo pra trás, em cacos, meu orgulho.

Queda livre! Estou no vazio, sou o vazio.

O ar se comprime nos meus pulmões.

Mas morrer é a menor das minhas aflições.

Pior é viver de contradição... O amor...

que te permitiu voar tuas asas cortar.

Mesmo debaixo de chuva sentir-se queimar.

O tormento de amar e não ser amada.

É como se o paraíso me engolisse

e, em meio à lava fervente, me cuspisse.

Sil Castilho
Enviado por Sil Castilho em 22/04/2012
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T3627822
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