DESASSOSSEGO

Livro FLORBELA, NÃO EU

Quero sossego. 
Um porto com gaivotas,
uma cabana com goteiras na latinha.
Um abrigo, 

onde o pensamento fique

impreterivelmente do lado de fora.
Quero o sossego do ventre ou do ninho,
com o burburinho do mar na encosta.
Exílio num farol sem luz já esquecido,
não me importa. 
Como companhia, apenas minha sombra,
a caminhar na orla.
Quero sossego sem ordem de despejo,
onde você não seja companhia constante,
tal qual tatuagem impregnada no peito.
Basta de sua imagem brotando como hera
nos muros de meu desassossego.


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HOMENAGEM A MINHA AMIGA  CLEIDIANI ( TEACHER  DA ACADEMIA DE  LÍNGUAS CIDADE VERDE ) , QUE  TAMBEM ESTÁ A PROCURA DE UM CANTO COMO ESTE...
Railda
Enviado por Railda em 21/04/2012
Reeditado em 15/10/2021
Código do texto: T3624870
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