Nada que fica
Ontem foi a noite.
Ela nem se faz incapaz de pensar o barulho.
O céu, completo.
Todo o zero do qual eu faço questão abandona-a.
Ela anda desconfortável sem a minha presença.
Ela ainda não achou estranho lembrar do nada que se passou.
Sai a insipidez, saem os fatos.
O pouco infinito se desfaz.
Saem os espaços, sai o vão.
Ela já se esquece menos.
Ruas ou segundos surgem.
Removendo a limpeza.
Meus restos, inteiros.
Ela realiza as verdades que sempre ignorou.
Parando estaticamente, em todos os vazios.
Nada que fica.
Sai a insipidez, saem os fatos.
O pouco infinito se desfaz.
Saem os espaços, sai o vão.
Ela já se esquece menos.