A MÁSCARA QUE USO

PROCUREI JOGAR O TEU JOGO

NO INFINITO TEMPO QUE TIVEMOS

AS NUVENS PASSARAM POR NÓS

JOGARAM SUAS SOMBRAS

E A CHUVA CHEGOU, ENTÃO!

EU USAVA A MÁSCARA DA PAIXÃO

E TU, AH TU, JOGAVAS O VALETE

E INTRIGAVA-ME

COM OS TEUS REIS E RAINHAS.

NÃO VI TUA MÁSCARA CAIR

SÓ A MINHA

QUE CEDI E A DESLOQUEI

MOSTRANDO-ME UM VALENTE SOLDADO

QUE EMBORA FERIDO DE MORTE

ABRE O PEITO A MAIS UMA PUNHALADA.

O MEU INIMIGO ERA EU MESMA

E TE INCENTIVEI A ME MATAR

EU JOGAVA O JOGO DOS FORTES

E TU O DOS COVARDES.

EMBORA ASSIM, PASSANDO SEM SE NOTAR

DESFERIU-ME GOLPES DUROS

NA CARNE QUE ORA SE ABRIA

A CHUVA DOS TEMPOS NOS MOLHOU

DEIXANDO-NOS CAÍDOS AO CAMINHO

OUTRAS MÃOS HÃO DE ME LEVANTAR

OUTRAS MAIS

IRÃO EM MEU SOCORRO AJUDAR

MAS TU, AH, TU... PERDIDO ESTÁS!

NÃO TEM MAIS A MIM

NEM A TI

AS TUAS MÁSCARAS TE FIZERAM RIR

DO ESCARNIO DE SER ORIGINAL

A MINHA, ESTA QUE USO,

É UMA SÓ - A MÁSCARA DA ILUSÃO!

(milena medeiros-20/04/2012)

Milena Medeiros
Enviado por Milena Medeiros em 20/04/2012
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