Kymerah

O verão logo irá embora,

e a chuva fina de outono se aproxima,

cobrindo os campos de silêncio,negror e morte.

Como pensar em coisas belas,

quando cercada estou de podridão

e miséria.

Como consolar um coração

que é só lodo e pó.

Que palavras tens agora oh sábios,aduladores e doutares da lei?

Estão todos surdos,mudos e cegos já que o vinho secou,

o ouro virou cobre e o óleo secou nas candeias.

Lá longe o brilho que cega,

estrelas;

por quanto tempo vivi assim sem por os pés no chão?

Lá longe o fulgor,

vaporosas quimeras perdidas,

mas que importa agora?

Há muito que não sonho.