SEM EIRA NEM BEIRA

Caminhando pela vida

Amores vários encontrei,

Perguntado sobre eles,

Pouca ou nenhuma notícia dei.

Sou giramundo solitário,

Ser noturno por natureza

Vivo um destino espúrio,

De amores com as mariposas.

Talvez viva a fugir de mim,

Ou quem sabe me procurando,

Enquanto não me decido,

Vou a vida, assim levando.

Não sou nenhum menestrel,

Mas às vezes canto também,

Em meu canto dor não tem,

Pois meu coração é de papel.

São versos, melodias perdidas

Soltas por quem não tem paradeiro,

E que nas noites quentes, mais compridas,

Namora, só com seu travesseiro.

Nesta vida, sem eira nem beira,

Vou traçando minha leda história.

A mim não interessa nenhuma gloria

Em tão curta e indiferente trajetória.

E assim, vou levando a vida. Será?

03/2009

Riedaj Azuos