Monólogo

Sou, hoje, arremedo do distante humano

Que ao teu lado se fez presente.

A dor da tua falta diária,

Dos carinhosos momentos,

Do diálogo amoroso, dos delicados

E ternos olhares compromitentes...

Sim! Sem ti, agora, sou apenas

Uma imagem vazia por dentro!

Voltar já não posso,

Pois o Tempo nos foi providente,

Guiando por mãos invisíveis,

A nós, títeres viventes.

Deu a ti nova vida e a mim

Uma ferida na alma, sem precedentes...

Quem tanto te quis, tanto te amou,

Já não pode te ver, nem ter mais teu calor,

Nem ser o teu interlocutor, prévio e evidente.

Amor! Jamais, nesta vida, de novo, serei sorridente.

Pois já não sou mais o teu confidente.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 09/04/2012
Reeditado em 05/06/2015
Código do texto: T3602007
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