O homem e eu .
O pobre homem se descobre nu,
De uma paixão que brota dentro de si.
E que as raízes já ameaçam o ponto crítico.
Quer se desprender, alargar-se, desatar.
Todo sentimento. Por medo, medo da ausência que o "objeto" do seu amor tem provocado. De toda tristeza presente em uma despedida.
Mas uma única palavra, de quem seu coração pulsa forte, é capaz de fazer renascer todo brilhantismo de novamente amar.
Amar? Palavra forte para o momento...
Paixão ? Não, pouca demais.
É! O sentimento deste pobre homem está na linha tênue entre a paixão e o amor.
Triste condição alheia deste caro amigo.
Que quando toca, fere e quando fala abre caminhos que nem ele mesmo sabe aonde vai se esbarrar.
Homem com dores antecipadas. Homem que não quer se aproximar, mas nenhum membro físico é capaz de obedecer aos comandos de seu sábio cérebro.
O coração pulsa ao pensar em ti,
As mãos insistem em discar o número tão bem conhecido,
Os olhos buscam incessantemente tuas palavras,
E ao ruído de sua voz faz com que o mundo ao redor se aquete.
Para ser, sempre, momento única o contato de ambos. Fazendo brotar a mais bela união.
Agora este homem está dilacerado pela angústia, temendo as reações que o destino já se encarregou de preparar, mas que insiste em provocar mistérios.
Homem, homem... Quando te vejo o reflexo do meu ser se contrói e se perfaz.