Insensível
Sempre carreguei aqui dentro, em meu peito,
Essa vontade louca de viver
Esse sentimentalismo açucarado
Que dá diabetes naquele que vê
Essa vida louca carrega nosso sorriso
Ou ao menos carregou o meu
Vejo seu fantasma em fotografias do passado
Nesse rosto agora desconhecido, pintado no retrato
A felicidade, pra mim não tão difícil de encontrar
Escorregou pelas minhas mãos em uns dias de pesar
Hoje, produto dos acontecimentos,
Nego em mim qualquer sentimento
Insensível, sim, já nessa idade
Insensível, por nada mais que necessidade
(01/04/2012)