Escuridão

O céu está claro, as flores florescem

Um dia comum, em que o sol aparece

Em minha alma está escuro

Sua ausência meu estado escurece

Penso no riso estampado em meu rosto

Toda vez em que estava por perto

Penso nas memórias de um passado recente

Gravadas em mim no clichê para sempre

Às vezes um vulto seu me aparece

Repentinamente apagado pela névoa

E mesmo que nessa estrada eu prossiga

Não vejo um caminho de saída dessas trevas

E como fuga me escondo nesse quarto escuro

Escrevendo o que penso, garranchos profundos

Falo de mim na terceira pessoa

Na busca do “eu” que vivi quando a vida era boa

(31-03-2012)