Desinteligência Amorosa...

A quem mais, senão a ti, direi do meu sofrimento?

A quem, senão a ti, direi como estou triste,

sufocando os suspiros que nascem

das lágrimas do meu lamento...?

E a quem perguntar, senão a ti

como irei juntar o que está doendo

se em noites de abandono

sempre me encontro em tua porta...?

Como impedir de correr essa dor que me corta,

nesse ir e vir constante,

se todo esse absurdo não é para ti o bastante

e me faz aos poucos morrer..?

E como esconder minhas palavras nesse travesseiro,

meu único companheiro, se na ausência delas

és tu, o primeiro, a desaparecer?...

Curvo-me ao teu desejo,

e ao mesmo ensejo delego-te o direito

que tens de me esquecer...

OLHOS RADIANTES
Enviado por OLHOS RADIANTES em 28/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3581537
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