DESENGANOS
D'uma vida escassa,
Vivo os desenganos!
Perco-me no tempo…
Mudam-se os anos…
Os anos velozes!
Sem contentamento,
P'la vida açoitada,
Eu choro essas mágoas
Em mim tão fincadas
Na carne e na alma!
E vejo-me assim:
Cantando lamentos!
As tristes palavras
Espalho-as ao vento
Co'os meus desenganos!