VAMPIRISMO
Ei-la! Vampira devoradora de frágeis seres!
Seu olhar profundo, como que a penetrar
O cerne da presa a ser consumida em mente,
Convida ao leito, com promessas e juras de amor.
Atentai-vos a seus encantos traiçoeiros,
A esconder uma imagem divina de maldade,
Ocultando teu verdadeiro semblante negro,
Sob a fraca luz que irradia de seu candelabro.
Com um falso clarão de ágape, o amor incondicional,
Usado para hipnotizar suas vítimas mais puras,
Leva-as, cativas em seus afagos repletos de malícias,
A sonhos irreais, que se apagam com sua ausência.
De coração ambíguo, bebe insaciavelmente,
Do sangue que pende da alma dos escolhidos,
Até que, inumanizados pela grande dor que lhes é plantada,
Lançam-se aos abismos negros e à condenação da alma!
Péricles Alves de Oliveira