Perdão!
Perdoa-me se junto aos teus pés,
Derramei meu pranto em insana agonia,
E desbotei tua coroa de brancas flores,
Em meu cismar de tanta melancolia
Perdoa-me se um momento qualquer,
Ergui minha fronte alva e macilenta,
Fitando teus olhos crispados no negrume
Da minha tarde fria e cinzenta.
Perdoa-me se em tua fronte o cismar
Desfolhou à tarde que se finda,
Queria beijar-te os lábios ardentes
E sonha com tua face linda!
Perdoa-me se levei ao peito tua imagem,
Como a seresta de um canto,
E corei minhas pálpebras em triste pesar
Por amar-te assim tanto!