Perdão!

Perdoa-me se junto aos teus pés,

Derramei meu pranto em insana agonia,

E desbotei tua coroa de brancas flores,

Em meu cismar de tanta melancolia

Perdoa-me se um momento qualquer,

Ergui minha fronte alva e macilenta,

Fitando teus olhos crispados no negrume

Da minha tarde fria e cinzenta.

Perdoa-me se em tua fronte o cismar

Desfolhou à tarde que se finda,

Queria beijar-te os lábios ardentes

E sonha com tua face linda!

Perdoa-me se levei ao peito tua imagem,

Como a seresta de um canto,

E corei minhas pálpebras em triste pesar

Por amar-te assim tanto!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 24/03/2012
Código do texto: T3572449
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