DE SONHO
Eu não lembro,
tudo era apenas
um branco sem fim...
Sei que haviam rostos
mas não se fixavam
e estavam por todos os lados
passando rapidamente
como reflexos incoerentes
de tristeza absoluta.
O meu sem fim era nada mais
que uma criança chorando
porque a mãe perdeu a face
naquele universo de sonho.
Do livro “ISTO”