Rosa de Plástico
Rainha? Há... Quem dera fosse.
Encanto? Por pouco durado.
Enganam-se quem pensa poder ilimitado.
Enganam-se os olhos, porém bem de perto se denuncia a ausência.
Em um ser desprezado;
Cadê o perfume?
Textura que machuca querendo ou não;
Se olhar, que seja de longe.
Seu único orgulho?
Para sempre existir. Mas qual o valor? Existir sem essência.
Não morrem; pois como morrer, quem nunca viveu?
Que triste cina essa.
Viver para sempre sem ter.
Textura gelada, rigidez de morte...
Que nem na morte serve de enfeite.
Único consolo, embora castigue: viver para sempre!
Incômoda beleza, falsa, sem vida!
Envergonhada por dentro; pois sabe que aparenta ser o que não é...