DESATINO
Pela vida eu vago em desatino
Na existência cruenta.
Vivo só nesses dias intranquilos,
E o sofrer me atormenta!
Neste mundo cruel de desengano,
Estou sem rumo,agora!
Curvada ao peso de uma sina dura,
A triste alma chora!
Nos meus olhos exangues,contem mágoas
Com tristeza e amargura.
No meu peito cansado eu sufoquei
Todo amor e ternura.
O meu corpo tão fraco já vacila!
Os toscos pés resvalam!
O pesar me consome!...E é tão profundo!
Meus versos tristes falam!...
Oh!desgosto mortal imerecido!
Oh!mal que me crucia!
Sofrimento tal qual de Prometeu,
Qu'abisma a alma sombria.
Eu vivo a esmo em busca de mim mesma;
Nos versos eu cantei
Sofrimentos e dores que não saram!
Eu busco o que?...Não sei!