Não há

Não há como não notar

que a solidão me condena.

Talvez essa seja

a minha pena de morte.

Talvez seja a sentença

por ter magoado

muitas pessoas.

Meus amigos, hoje,

já não são os mesmos,

nem nunca foram,

nem nunca serão.

Não há como descrever

a falta de um ombro

pra chorar,

de alguém pra contar

os segredos.

Falta da confiança,

do amor

e da solidariedade.

Sou invisível.

Invisível pra quem

eu tanto quero bem.

Brigas me doem muito.

Dói como uma estaca ao peito.

Nunca quis senti-la,

mas é inevitável.

Sempre condenei

quem a sentia.

E é por isso

que estou condenada

a dor e a solidão.

Fugir

não resolverá

meus problemas.

Estou condenada a viver sozinha!

Berê
Enviado por Berê em 10/03/2012
Reeditado em 16/04/2012
Código do texto: T3546188
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