Descaminho
Descaminho
Não pude seguir os teus passos
Pois meus pés são descalços
Minha alma é desnuda e sem divisão
Meu corpo grita, talvez que sozinho.
Má sorte a minha, só vi descaminho.
Entres labirintos, só tive ilusão.
Brumas diárias e noturnas
Só vivi agruras com insana paixão
Corri, despachei o meu medo.
Fiz do tarde o cedo, me adiantei.
Como as perversas palavras
Que surgem do nada e o nó se desfaz
Fica somente a agonia
E a vontade fria e ineficaz
Um céu que desaba em segundos
Acaba-se um mundo inundado em tristeza
Mais que dureza e amargura
Só vi desventura e indelicadeza
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