Sem destino

Há! Minhas Alegrias e minhas verdades
navegam neste mar vermelho de incontestáveis mentiras...
me riu desta hora, onde a uva macerada, pisada, esmagada
me anima as antigas falas, que no espaço fazem eco...
E minha alma... Pobre alma... Nem disto mais participa!

Falo sem saber o que dizem as palavras...
Ouço o que me cantam... Mas estou em transe...
Incapaz de compreender qualquer canção.


Minhas mentiras se misturam as verdades...
verdades que me contaram...
Verdades que contemplei com olhos calmos.


De onde vem senhora calmaria
Que desfaz laços que por maldade foram atados?


De onde vem senhora calmaria
Que de tão compadecida se rende ao desejo de outros?

Calmaria que me faz fazer dormindo o que acordado eu não faria.
Alma minha... Cansou de brigar... Gritar já não pode...

Encha então teu vazio com o sangue do Cristo
E deixe que navegue, na areia fina da praia... Seja abençoado!
Como te falta hoje amparo a tua cabeça...

Conheces o desespero da alma humana
Porque conheces as sobras e as faltas...
Alma minha, mude o tom de tuas falas.


Já que soltou o leme, e o Navio navega sem Capitão.
deite-se no convés, cubra teu rosto com o chapéu
Respire fundo... Três moedas para se louvar o sangue do cordeiro.
respire fundo...Que o barco siga seu percurso entre realidade e ilusão.
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 07/03/2012
Reeditado em 09/03/2012
Código do texto: T3539679
Classificação de conteúdo: seguro