AS ILUSÕES PERDIDAS
GILBERTO BRAZ ALMEIDA
Não quero as ilusões perdidas.
Quero a flor mais livre do campo,
aquela que só se encontra
no jardim da infância.
Não quero as ilusões perdidas.
Sou livre para pensar,
para escrever,
para morrer...
Escrever e morrer,se preciso for
mil vezes com a mesma caneta
no mesmo pedaço de papel...
Hei de morrer e renascer
até encontrar
aquela pétala de rosa,
aquele cheiro de relva,
aquele rio bucólico
entre pedras adormecidas.
de cascatas paradisíacas...
Quebrar-se-ão as pedras
e o poeta será mais uma borboleta
definitivamente fora do casulo.