Lágrimas

Nunca antes veria

Dizeres de tal ourivesaria

Que a ela atribuiria

Um sorriso no olhar.

Palavras soltas ao vento,

O manuseio do lápis é lento,

E louco e desesperado tento

Por meio destas, com ela, sonhar.

Porém, no mais longo verão,

Melancolicamente, então,

Encarando minha desilusão,

Sinto meu olho lacrimejar.

São lágrimas do meu coração,

Que podre e despedaçado em vão,

Acusam a minha emoção,

Impedindo-me de amar.

Nada pode descrever

O quanto que tentei escrever

Mas, por fim, não consegui entender

O que são, enfim, lágrimas.

Preto
Enviado por Preto em 18/01/2007
Reeditado em 11/01/2009
Código do texto: T351246
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