Lágrimas
Nunca antes veria
Dizeres de tal ourivesaria
Que a ela atribuiria
Um sorriso no olhar.
Palavras soltas ao vento,
O manuseio do lápis é lento,
E louco e desesperado tento
Por meio destas, com ela, sonhar.
Porém, no mais longo verão,
Melancolicamente, então,
Encarando minha desilusão,
Sinto meu olho lacrimejar.
São lágrimas do meu coração,
Que podre e despedaçado em vão,
Acusam a minha emoção,
Impedindo-me de amar.
Nada pode descrever
O quanto que tentei escrever
Mas, por fim, não consegui entender
O que são, enfim, lágrimas.