Post vida

Sobre as mantas negras da noite,

em frio chapado - e úmido-

bem detrás das portas vetustas de madeira,

recostava-se tendo por mágoa desposada.

Dormir, quem dera, seria descanso a consciência.

Rogaria, mais uma vez aos céus, que a noite

leva-se sua alma inconsolável;o Nada ouviria.

Reclamaria; ao mal como barganha sua post vida...

Mas qual, nem alma penada o levaria,

Melhor castigo não se teria?!

Que alma tortuosa, incapsulada em corpo sem vida.

Dom Bernardo
Enviado por Dom Bernardo em 13/02/2012
Reeditado em 13/02/2012
Código do texto: T3497675