RES NULLIUS ?
Tu que sempre almejaste fazer o certo
Buscando a aurora leve de fiéis sorrisos
E, injustiçado, viste apenas a tristeza perto
De teus ideais e de quaisquer avisos
Tu que incansavelmente amaste o próximo
Mais que a ti mesmo e por qualquer motivo
Não auferiste nem o mínimo do contentamento máximo
Latejando entre a dor do morto e a fé do vivo
Tu que estendeste a mão a todas as pessoas
Sem qualquer recompensa ou parecer iníquo
Enquanto os egoístas se fartavam com as coisas boas
Tu batalhavas copiosamente em teu labor profícuo
Tu que sempre foste da crítica o maior dos alvos
Por apenas discordar de padrões mesquinhos
Enquanto os frívolos sorriam com falsos aplausos
Tu choravas como pássaros que se vão dos ninhos
Tu que sempre foste visto como coisa de ninguém
Por todos os típicos vermes deste esgoto humano
Não percas mais teu tempo com o que está aquém
Da sublime e intrépida arte de sonhar amando
Tu que padeceste no inferno que se chama Terra
Sofrendo as várias injustiças da humana sina
Por que perderás teu tempo pensando em guerra
Se, enfim, é bastante justa a sentença divina ?
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