O nada

De repente o nada

Um vazio oco

Meu mundo suspenso

Num intervalo de tempo

Tempo que não se mede

Sem início

Sem fim

Somente a consciência

De mim

Vago sem acústica

Não me ouço

A voz é muda

A palavra surda

Olho a vida

que acontece

Não me atinge

Não enaltece

Assim permaneço

Sem fim

Sem começo

Sem custo

Sem preço

É confortável

Esse nada

Sem sensações

Sem emoções

Anestesiada

Vou repousar

Nesse vazio

Me aconchegar

Nesse oco

Sem o som

Do meu sufoco

Tita Miranda
Enviado por Tita Miranda em 05/02/2012
Reeditado em 01/08/2013
Código do texto: T3480933
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