A MESMA FORMA
“A MESMA FORMA”
Assim como que ignorada,
As palavras se confundam
Em grãos;
Assim como que requisitada
Em que se é repudiada,
Uma perdida emoção;
Assim como a árvore se entristece
Quando o machado a madeira lhe decepa,
Da mesma forma é atingida a quebra
Em que se reme seu coração;
Da mesma forma
Que o amor que lhe trouxera à alegria
E que não lhe permitia a treva
E lhe ouviria em confissão;
Da mesma forma
Que a mágica se recrudesce
Quando o achado surto,
Surta com a razão;
Assim como a aspereza se preserva,
Da mesma forma,
Em que é repetida a pecha
De minha devoção;
Da mesma forma
Que se soubera que é viva
E que não lhe permita,
Sendo bem quista,
Vivê-la em botão;
Assim como a sombra padece
Quando se acorde à noite
E não se tenham os braços delgados
Passados em minha direção;
Assim como quando calado
O cajado que dê o sustentáculo
Filtre uma caminhada
Nova e evasiva,
E não se semeie
O que se sinta,
Sem sua única permissão;
Da mesma forma franzina
Que torna o sentimento,
Cobiça,
Para um amor
Deixado em vão;
Da mesma forma
Que é negada a vida
Para uma devassa regrada,
Devasta e benigna,
É bom que se diga
Em que se pedira,
À vista,
O ato de sua visão.