A cada verso que é inútil...
a cada árvore plantada
há cem derrubadas
ou mais
daquelas
quem nem mais deixam sinais
a cada água que é clara
há cem esgotada
ou fedor
daquelas
que nem se nota o horror
a cada balada composta
há cem baladas na testa
ou paulada
daquelas
que é somente o que resta
a cada animal que é cuidado
há cem massacrados
e é pouco
daqueles
em desespero rouco
a cada beijo que é dado
há cem que são malditos
e mais outros mil
daqueles
que são fingidos...
e tenhos ditos
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