A cada verso que é inútil...

a cada árvore plantada

há cem derrubadas

ou mais

daquelas

quem nem mais deixam sinais

a cada água que é clara

há cem esgotada

ou fedor

daquelas

que nem se nota o horror

a cada balada composta

há cem baladas na testa

ou paulada

daquelas

que é somente o que resta

a cada animal que é cuidado

há cem massacrados

e é pouco

daqueles

em desespero rouco

a cada beijo que é dado

há cem que são malditos

e mais outros mil

daqueles

que são fingidos...

e tenhos ditos

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 31/01/2012
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