O pranto da alma que sonha

É um pranto que deve ser silencioso.

Mas quando a alma é muito intensa...

É aquele pranto odioso,

desesperado por encontrar a chave

e gritar aos quadro ventos aquilo que pensa.

Existem tantas coisas por dizer...

Eu gostaria de ter um lugar para confiar e depositar.

Não resta mais nada aqui além de um medo

e uma maldição que carrego.

Não posso dizê-las, nem escrevê-las.

Maldito o dia em que te mostrei o segredo.

Maldito o dia em que descobri-me por inteiro...

Resta esconder-me em pseudônimos.

Resta-me mover para outro canto.

Um canto em paz, um canto sossegado,

onde eu posso ficar sozinho e amargurado,

murmurando meus incompreendidos presságios...