***Quando Abri os Olhos ***

De repente...

Descubro-te humano, sujeito a falhas

Isto atordoa a imagem criada

Amei-te de mil maneiras

De repente...

Descubro-te impotente sujeito a críticas pueris

E um tanto irresponsável

Isto dói...

Porque te amei, puro a beira da perfeição

Quis-te até os limites e além de todas as fronteiras

De repente...

Descubro-te pobre, dos preceitos mais simples

Que a tua imagem embaçou

Descubro em fim

Que amei uma imagem além e indistinta

Pois só sendo assim eu poderia te amar

De repente...

Descubro-te, como sempre quiseste

Que eu te visse

Só não sabias que incorrias no risco

De não ser mais amado...

São Paulo, 19 de novembro de 1992

Darcy Bilherbeck

Bilherbeck
Enviado por Bilherbeck em 28/01/2012
Código do texto: T3466857