REALIDADE
REALIDADE
Por quê da flor
Havemos de conhecer os espinhos
Por quê do amor
Tão tortuosos caminhos?
Por quê dos sonhos
Castelos repletos de fantasias
Encarniçadas vozes em coro
Gritam soturnas em ruínas vazias?
Por quê páginas felizes
De uma vida só só vivida
De repente tantas cicatrizes
Da sempre aberta ferida?
Por quê a efemeridade
O incerto momento enfim sou
Por quê a trevosa realidade
Do mal acontecer, já acabou?