Meu norte
Meu norte
Tal qual uma brisa veio você,
Morno, suave...
Tocou de leve minha face e eu,
Morna e suave, o recebi como sou...
Sem disfarces.
Tal qual um redemoinho, veio você...
E, quando eu menos esperava,
Fez-me mudar de direção.
Diante disso, quase perdi a noção
De para onde queria eu, ir.
Tal qual uma ventania,
Daquelas de final de tarde,
Veio você arrancando-me,
Da letargia companheira,
Sacudindo-me, revelando-me...
O que nem eu mesma sabia de mim.
Abriu-me os olhos, desnudou-me.
Tal qual um furacão previsto
Veio você, que me arranca o telhado,
Derruba minhas paredes,
Desvia meus alicerces
E vai embora de repente...
Olho em volta e nem vejo teu sinal.
Não há mais brisa, nem redemoinho,
Nem ventania, nem furacão...
Há somente eu, perdida.
Recomeçar é assustador.
A vida nos faz rodopiar tanto!
Cadê meu Norte?
Tânia Cristina de Macedo Costa