ADEUS , AMIGOS

**-** ADEUS, AMIGOS**-**

Jorge Linhaça

Ah! Na solidão deste meu caminho,

-Que, à muito poucos, trilhar convém,-

Na mudez dos olhares, no desdém,

cheiro as rosas, firo-me nos espinhos

No voraz silêncio de minha solidão,

o vento frio que agora me invade,

( parto agora, e não deixo saudades)

derruba os castelos de minha ilusão.

Na ponta da lança, firo o escrito,

não mais sentimentos ali derramados.

Que fique o dito pelo não dito!

Caia o pano no palco profanado.

Que seja, agora, o poeta proscrito!

Lembrança tênue de tempos passados.