COMO VIVEREI SEM TI?

Sônia Maria tu eras a luz

Que iluminava a minha caverna

E quando a tua luz se apagou

Tive que ir para o mundo

Lá fora havia abutres

Animais peçonhentos

Que esperavam para atacar

Uns me fulminavam com amor

(tão cheios de ódio, lamentando

Que o sobrevivente fosse eu)

Outros destruíram tudo o que era nosso

Não interessava a grande dor daquela perda

O dinheiro e os bens era o que lhes importava

E tal como aves de rapina

Não esperaram o calor do teu corpo sumir

Foram passando por cima de tuas cinzas no mar

Destruíram nosso lar, praticaram pequenos furtos

Uniram-se feito lobos para atacar

Com um único objetivo

De não deixar pedra sobre pedra

Minha dor? Esta não bastava

Eles querem a minha distância – e conseguiram –

Do lar que construímos

E parece que estão decidindo

A minha pena de morte...

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31.12.11

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 31/12/2011
Reeditado em 01/01/2012
Código do texto: T3415738
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