"Aquele não"
Hoje me coloco a questionar esse meu dom de versar.
Será que o poeta nasce com essa predestinação?
Ou será que ele se torna poeta, por espontânea opção?
Quem sabe foi a vida que o levou a poetar, por condição.
Pode ser que haja alguém que o faça por divina inspiração,
E outros pra extravasar, as amarguras do coração.
Ah! Parece que os anjos ajudam a quem vive na solidão,
E vem soprar aos ouvidos muita ternura e emoção.
De repente me vem a mente, o dia que tomei "aquele não":
...Não quero ficar contigo, aliás nem me recordo de tê-la conhecido...
Precisava ser assim tão grosso e agir de modo tosco?
Não lhe ensinaram a respeitar o sentimento dos outros?
Existem maneiras civilizadas de falar com sinceridade.
Ainda que bem cedo, revelaste quem tu és de verdade.
Não estou aqui a julgar, seus defeitos e qualidades,
E entendo que todos tem o direito, de manifestar o que quer.
Mas se desdenha quem te ama o que não será capaz de fazer,
Com quem ousar tecer críticas, e machucar teu querer?