Prazer e Armadilha

Desta vez, alheia a existência de alguém, a vendedora de flores passou despercebidamente – o suficiente para deixar uma lágrima.

E deixou. E passou.

Entre os prédios – os quais revelam a solidão – nascia uma espécie de abandono.

E a cidade me embrutecia.

E com ela a necessidade inconsciente – ou, quem sabe, consciente – de um instante.

Porque qualquer sentido vago é, ainda, algum sentido – é prazer e armadilha.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 29/12/2011
Código do texto: T3412104
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