Prazer e Armadilha
Desta vez, alheia a existência de alguém, a vendedora de flores passou despercebidamente – o suficiente para deixar uma lágrima.
E deixou. E passou.
Entre os prédios – os quais revelam a solidão – nascia uma espécie de abandono.
E a cidade me embrutecia.
E com ela a necessidade inconsciente – ou, quem sabe, consciente – de um instante.
Porque qualquer sentido vago é, ainda, algum sentido – é prazer e armadilha.