Expiação
Estou em São Paulo
Caminho por suas ruas
Desço a ladeira da memória apressado
Na busca de reminiscências
Tenho a alma estática e fria
Parida de silêncio
Como são todas as almas soturnas
Sigo a pensar em soluções para o mundo
Embora traga minhas esperanças decapitadas
Embora
Teime em salva-las
Olho para o céu e vejo os pássaros que voam
e me animo
Olho para o chão e vejo os homens
Que rastejam e recrudesço
Olho para o alto
E não vejo Deus, só nuvens e me aborreço
Olho para a vida
Não vejo saída
E me entristeço
Olho para dentro de mim
A imagem estranha de um espelho, não sou eu
Me desconheço!
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