Ao desgoverno do mundo

Saberei um dia viver

longe das guerras da rima,

daquilo que me aproxima o gosto

em sobreposto a tantas dores?

Ei de saber um dia viver

sem pintar o rosto,

posto ao desgoverno do mundo?

Preciso é saber sorrir só.

Saberia, num dia desses de viver,

tirar o pó e a solidão,

polir o assoalho-coração

de emoção nova, trova velha?

Soubesse um dia viver de fato

alegria sempiterna e fria

de olhos abrindo em mar

e não mais represar essas águas,

saberia não morrer, não me afogar.

Felix Ventura
Enviado por Felix Ventura em 08/01/2007
Reeditado em 22/01/2021
Código do texto: T339922
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