Notícias do mundo novo (Um desabafo)
Confesso eu estive ausente
Mas nem um pouco contente
De faltar com a poesia
A minha fidelidade
Ah, sim, eu senti saudades
Dei tanta falta dos versos
Temi não poder revê-los
Insuportável não tê-los
De certo não por vontade
Foi que apartei do papel
As mãos que teciam rimas
E as dirigiam ao céu
Acontece que essas mãos
Ocupam-se, agora, da lida
De proteger inocentes
Que lutam por suas vidas
Amigos mudou o mundo
Agora é coisa normal
Vê-se verter a vida
Ceifada de um animal
Pra mim já é poesia
E peço perdão se lhes digo
Não saber de um pequenino
A ser enterrado vivo
Perdoem meus versos rudes
Eu peço de coração
Trago meus olhos marcados
Por tão horrenda visão
Agora impera a maldade
Não se conhece o amor
O homem, brutalizado,
É um feroz predador
Jane Simões
18/12/2011