A VIDA

Como penetrante perfume,

Como sonoro murmúrio

Ou bruma colorida,

A vida se vai tecendo

Sem controle.

E, no emaranhado da teia,

As presas

Acomodadas, algumas.

As demais, claudicantes.

Impulsos mágicos e delirantes

Rompem os fios... As presas, ah!

Essas se esforçam pela transformação

E, na ânsia incontida de liberdade,

Nem sempre a conquistam.

E, na busca final,

A força se esvai.

A teia se contrai.

A presa...

a presa se retrai.

ANACLARA RIBEIRO
Enviado por ANACLARA RIBEIRO em 06/01/2007
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