A VIDA
Como penetrante perfume,
Como sonoro murmúrio
Ou bruma colorida,
A vida se vai tecendo
Sem controle.
E, no emaranhado da teia,
As presas
Acomodadas, algumas.
As demais, claudicantes.
Impulsos mágicos e delirantes
Rompem os fios... As presas, ah!
Essas se esforçam pela transformação
E, na ânsia incontida de liberdade,
Nem sempre a conquistam.
E, na busca final,
A força se esvai.
A teia se contrai.
A presa...
a presa se retrai.