MEUS CASTELOS DE AREIA
Eu sou arquiteto e engenheiro de castelos de areia,
Construo para o vento, a chuva, as intempéries,...
Dificilmente meus castelos recebem o acabamento,
Quando o alicerce parece dar firmeza... vem o vento,...
Os poucos tijolos assentado pelo vento são levados!
Quando o amor quer me contratar para uma empreita,
Até aceito, já com uma dor no peito; que será desta feita?
E não demora muito, desmorona-se toda a parte já feita!
Às vezes, na calada da noite de insônia, pergunto-me:
A vida alimenta-se gostosamente da minha tormenta?
Lágrimas, dores,... serão acepipes que à vida alimenta?
As áreas de construção que a vida me dá: areia movediça!
Nem esforço nem técnicas modernas, nada tem com preguiça,
Sou engenheiro de castelo de areia em terreno de areia movediça!
Vou passar pela vida como quem o esforço, o tempo, desperdiça,
A vida deve dar-me valor, ela se alimentou sempre da minha dor!
Ainda por cima, o tal de amor é um vampiro que suga a minha dor!
Continuarei minha sina de construir o que a vida determina,
Qualquer reclamação, quando mais um castelo vir ao chão,
Vá ao Patrão, não o conheço, sei apenas seu nome: Grande Mistério!