Na curvatura do vento
Nossos olhos param perplexos
Numa direção incerta e preocupante
E nossos corações desamparados
Perguntam-se temerários
Aonde teria ido o nosso amor?
Vais me achar, querido,
Na curvatura do vento,
Lugar onde o tempo
Não deseja chegar.
Vais me achar, amigo,
Na curvatura da vida,
Lugar onde o desejo
Não deseja ficar!
Vais me encontrar, meu bem,
Na curvatura do trem,
Lugar onde a via férrea
Jamais pensa em parar!
Será em algum lugar
Que lugar algum
Tu irás achar:
O amor perdido;
O amigo ido;
O favor servido;
O teu novo lar.