LEVA-ME...
Antes que este teu desafogo,
Preferia nem contigo ir me encontrar...
Sei lá,desligar meu celular,
Desligar-me!
Só pra tudo isso não ter que escutar.
Tu,que nem mesmo tenta uma outra vez..
Uma última vez!
Nem me deixa explicar...
Só acha a tua verdade e nada mais.
Logo eu,que jamais permitiria outro retrato que não fosse o seu?
Embaixo ao meu travesseiro...
Que o abaju madrugadas à dentro foi de testemunhar...
Venha,chega perto de mim,
Precisamos conversar.
Olhe os remédios na cabeceira da cama,
Estes para deprimidos.
Tá vendo?
Nem quero tocar,
Rivotril,Equilid,receitas,prescrições médicas...
A janela aberta...
Não vou pular!
Bate à porta!
Foi-se embora...
Vejo agora meu tamanco ficando um passo atrás...
Agora o outro,ainda mais atrás...
Minha blusa cinza de tiras brancas,
Sem donas mais,
caem...
Só com o meu andar...
Caminhar.
Uma escada pequenininha lá já está,
Mais um degrau acima,permito agora te alcançar...
Janela esta, que logo me verá planar...
Um vento que me sopra de baixo acima...
Numa velocidade tamanha que arranca-me as argolas...
Bagunça meus cabelos...
Seca a minha boca...
Que me mata!!!
Verdadeiramente a física nunca mata.
Pois,mesmo antes findava mais uma,
Abismo íntimo amor deste,
Totalmente desbaratado.