NO LIMITE
Passa por mim apressada
vai embora lentamente
não me espera, não pára
espero por ela novamente
E outra vez ela se vai
ignorando minha aflição
de viver sempre a espera
de uma que não se vá mais não
A rotina dela já não muda
meus dias também não
viver é minha maior labuta
toda noite a mesma desilusão
Só preciso uma noite
que chegue e fique comigo
que ao partir leve-me junto
que eu não desperte neste castigo
Vida morna e vazia
solidão de quase morte
que descanse minha alma
ou que mude minha sorte
Célia Jardim