INODORO

Ás vezes eu choro

Meu choro é inodoro

Mas ao deslizar por minha face

As lagrimas deixam marcas no meu rosto

Cria estradas para tristeza não se perder

São expressões molhadas

Que representa uma boca calada

Dizendo em seu silêncio

Que teme em te perder

A troca involuntária de olhares

Os sonhos que sem senso de direção leva-te a vários lugares

Os lábios que se brinda a outros lábios

As almas de mãos dadas

Circulando numa noite de verão

Isso não é nada se imaginarmos que amar

É tornar-se sabedoria, rebeldia e reflexão...

Sofrimento desatento são fomentos que invento

Penso logo vivo, choro logo existo

Sem você por perto eu me pergunto

Para que me serve o livre arbítrio

Se toda vez que choro eu me desboto

E arroto para todo mundo ouvir o quanto de ti necessito

Entre tantas coisas que não entendo uma eu me rendo

Sem saber nos tornamos sábios

Sem querer deixamos nos guiar pelos lábios

Então nos tornamos frágeis e cegos diante do precipício

O amor te dá outra alma e em troca te cobra um mundo de sacrifício

(Mauricio Ife)

Contato: maumau_cezar@hotmail.com